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quarta-feira, 8 de julho de 2009

NORMOSE

Resolvi publicar aqui um texto que lí hoje do Psicoterapeuta Michel Schimidt. Me fez refletir e logo que eu lí, pensei na música dos mutantes, balada do louco !
Como não estou com muita paciência ultimamente para escrever aqui no blog, deixo esse texto para reflexão.

Eu já penso assim à muitos anos !rs

Abraços

"NORMOSE"
(a doença de ser normal)

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o
padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito
"normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe
socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma
que está passando por algum problema. Quem não se "normaliza", quem
não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser
o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do
pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder
sobre nossas vidas?
Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que
você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata
que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente
divulgados.
A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia
de querer ser o que não se precisa ser. Você precisa de quantos pares
de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos
até o verão chegar?
Então, como aliviar os sintomas desta doença?
Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as
que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que
desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver
uma vida a seu modo.
Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não
patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser
original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e
desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer
demais.
Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam
para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma
mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais,
porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem
sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma
lhes é iluminada.
Por isso divulgue o alerta: a normose está
doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se
quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.


Michel Schimidt
Psicoterapeuta



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"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e
toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria."
(1 Co 13:1-3)
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